quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Brasileiro completa 5 dias preso na Venezuela sob desprezo da mídia brasileira

Nesta terça-feira (2) completam cinco dias da prisão de Jonatan Moisés Diniz. O catarinense de 31 anos foi detido no dia 28 de dezembro pelas forças de segurança da ditadura de Nicolas Maduro, no estado de Vargas. A agência oficial de notícias do governo criou a narrativa de que ele estaria mantendo atividades desestabilizadoras contra o regime. As informações, ainda discretas, são do UOL.

O anúncio da prisão foi feito pelo parlamentar totalitário Diosdado Cabello no programa que dirige no canal estatal VTV, comandado pela ditadura. Além de Jonatan, foram presos outros três venezuelanos. Eles fariam parte da Organização Não Governamental Time to Change the Earth (“tempo de mudar a Terra”, na tradução em português).
A ditadura criou a narrativa de que entidade seria uma “organização criminosa com tentáculos internacionais”. Para isso, a ditadura alegou que a entidade distribuiria alimentos e bens a moradores de rua com o objetivo de obter recursos em moeda nacional com vistas a promover ações contra o governo.
“Sabemos que esse tipo de ações da CIA (Agência Central de Inteligência), em outras ocasiões e em outros países, são fachadas para percorrer o país, identificar objetivos estratégicos, financiar terroristas e outros”, afirmou Cabello em seu programa, usando o tradicional discurso ficcional típico dos totalitários.
Ainda de forma tímida, por meio do Ministério das Relações Exteriores, diz estar negociando a libertação de Jonatan. O Itamaraty diz que mantém tratativas com a ditadura venezuelana “para prestar a assistência consular cabível”, mas explicou que não divulgaria informações pessoais “em respeito à privacidade do brasileiro”.
O UOL lembra que “em seu perfil no Facebook, Jonatan Diniz publicou diversos pedidos de doações para a organização, que seriam revertidas para ações de caridade a crianças de baixa renda. O catarinense morava nos Estados Unidos, mas viajava à Venezuela para essas iniciativas. Antes, residiu alguns meses em Quito, no Equador, e autuou com a produção de vídeos para um canal no YouTube”.
A mídia brasileira tem praticamente se recusado a tocar no assunto, o que dificulta a libertação de Jonatan, uma vez que não há clamor suficiente para salvá-lo.

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