domingo, 1 de abril de 2018

MARANHÃO 2018: A MESMICE PREVALECERÁ?


Como a história política do estado é marcada pela longevidade de grupos políticos no poder, a alternância política e suas boas consequências, como a de fortalecer a democracia e as suas instituições, tem deixado a desejar.


O sarneísmo substituiu o vitorinismo e durou muito mais. Esteve fora do poder somente no período curto do ex-governador Jackson Lago e, agora, no do Costa Dino - produto dos dissidentes do sarneísmo liderados pelo ex-governador Zé Reinaldo que, por sua vez, decepcionado com o governo e a política de sua cria, já se distanciou do mero fiasco que esta se revelou.

Os feitos aparecem mais na propaganda que na realidade do dia-a-dia! Quantos milhões empregados em publicidade poderiam ter ido para as escolas e unidades de saúde do estado? Dizem que só 9 milhões foram dados para uma agência nacional a fim de promover a imagem do governador pelo país afora. Quanta vaidade!

Para um estado pobre como o nosso cada centavo deve ser tratado como algo sagrado, uma óstia.


A política precisa evoluir constantemente. Infelizmente, uma das características predominantes, senão a principal, nos últimos anos, é a velha dicotomia entre sarneístas e anti-sarneístas que precisa ser superada. A isto querem prender o eleitor maranhense.

Um vê o diabo no outro! Com o escudo de um ou outro, assistimos seus protagonistas digladiarem-se fazendo a mesma... política.

Não é difícil constatar que na atual conjuntura determinadas figuras privilegiadas pelo atual governador são de estatura ou reputação inferior ou pior a algumas das tarimbadas figuras da velha política maranhense.

A rigor, escondem-se sob o véu do aclamado discurso anti-oligarquia para fazer a mesma prática política. Isto é deplorável e cansativo porque trata-se apenas de um discurso enganador dos atuais detentores do poder da capital e do estado que são iguais ou piores aos que dizem combater.

Quem perde com tudo isto?

O eleitor, a sociedade e o estado que ficam condenados a um marasmo e a uma mesmice retrógrada e antiprogressista.

Resta saber se tudo isto prevalecerá em 2018.

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