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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Suspeito de matar estudante da USP confessa crime, mas responderá inquérito em liberdade

 O Globo, SPTV Suspeito não ficará preso durante o inquérito - Foto de Carolina Iskandarian/G1
SÃO PAULO - Um suspeito de matar o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, no campus da Universidade de São Paulo (USP), no mês passado, confessou participação no crime, mas responderá ao inquérito em liberdade. Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, se apresentou nesta quinta-feira à Polícia Civil e foi interrogado, ao lado do advogado dele, Jeferson Badan, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no centro da capital paulista. O jovem foi indiciado por latrocínio, mas não foi preso por ter se apresentado espontaneamente e não ter antecedentes. Ele disse que não agiu sozinho e que um comparsa atirou na vítima.

- Ele foi indiciado, mas não preso em função dessa apresentação espontânea. Nós vamos, ao final do inquérito, requerer as medidas cabíveis para o pedido de prisão preventiva - diz o delegado Mauricio Guimarães Soares.
Segundo Iran, a vítima foi baleada por ter reagido à tentativa de roubo ao carro dela. O rapaz, que mora em uma favela próxima à Cidade Universitária, no entanto, não entregou o comparsa, segundo o advogado, por uma "questão de ética do crime".
- Todo o bandido tem ética. Em todas as profissões há ética - ressalta o advogado do suspeito.
A polícia chegou até Iran após uma denúncia anônima. Agentes foram até a casa dele e teriam convencido os familiares para que o rapaz se entregasse. No DHPP, Iran disse estar arrependido do crime.
- A intenção dele era roubar o carro de uma vítima, uma moça portadora de necessidades especiais. Mas eles desistiram e quando vislumbraram Felipe abrindo a porta do carro, decidiram abordá-lo. Ele (Irlan) contou que a vítima reagiu e acabou sendo agredida e baleada pelo comparsa - diz o delegado Mauricio Guimarães Soares.
De acordo com a polícia, tanto Iran quanto o comparsa não são os suspeitos que aparecem na gravação divulgada à imprensa logo após o crime. Os jovens que aparecem nas imagens, de acordo com o DHPP, também praticam roubos no campus da USP.
Segundo testemunhas, o universitário foi morto com um tiro na nuca ao abrir a porta de seu carro blindado. Antes, Felipe teria sido seguido por um homem, após sacar dinheiro em um caixa eletrônico. Um agente de segurança do campus teria ouvido os disparos, mas, com medo, ficou escondido para se proteger. Ele teria visto, ainda, um carro saindo em alta velocidade.
A Polícia Militar estava fazendo uma blitz dentro do campus, mas não foi avisada a tempo de fechar os portões de acesso ao campus para impedir a fuga dos criminosos.
Felipe havia comprado um carro blindado porque havia sido assaltado duas vezes e se sentia mais protegido.
O crime chocou alunos e professores da Faculdade de Economia da USP. Depois do crime, a USP decidiu formalizar a atuação da PM no campus e protocolos estão sendo analisados. Os estudantes denunciaram que assaltos e furtos têm sido frequentes e cobraram, além de policiamento, melhor iluminação na área. 
Fonte:G1