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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Juiz autoriza extradição de criador do WikiLeaks para a Suécia

Acusado de crimes sexuais, Julian Assange tem uma semana para recorrer da decisão da Justiça britânica

iG São Paulo

Foto: AFP
Assange concede entrevista coletiva após deixar tribunal em Londres
O juiz britânico Howard Riddle afirmou nesta quinta-feira que o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, pode ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Os advogados de Assange têm uma semana para recorrer da decisão.
De acordo com o juiz, os crimes sexuais pelos quais Assange é acusado são passíveis de extradição e "não há nenhum motivo para acreditar que houve qualquer erro" no mandado internacional de prisão emitido pela Suécia. Durante o processo, os advogados de Assange tentaram apontar irregularidades na forma como a Promotoria sueca emitiu o mandado.
Após deixar o tribunal, Assange criticou a decisão. "Não foi uma surpresa, mas continua sendo algo errado. Durante todo esse processo, não houve nenhuma consideração sobre o mérito das acusações feitas contra mim", afirmou. "Sempre soubemos que iríamos recorrer. Sempre soubemos que o mais provável era que tivéssemos de recorrer."
Assange, australiano de 39 anos, foi preso em 7 de dezembro após se entregar à polícia de Londres. Ele foi solto sob fiança por decisão da Justiça da Grã-Bretanha antes do Natal, após ter passado nove dias na prisão. Ele nega acusações e afirma que elas têm motivação política.
Durante o processo, os advogados de Assange também disseram que, se extraditado para a Suécia, Assange poderia não ter um "julgamento justo", pois os julgamentos de estupro no país ocorrem, regularmente, "a portas fechadas, em um flagrante de injustiça".
A Defesa também demontrou preocupação com a possibilidade de Assange ser extraditado para os Estados Unidos por ter vazado documentos secretos do país. Porém, os promotores do caso afirmaram que qualquer ameaça de tratamento injusto para Assange será corrigida com a intervenção da Corte Europeia de Direitos Humanos.
Com AP e BBC