Homem é preso acusado de abusar de filha por 12 anos no Maranhao

Raimundo Vicente Barbosa da Silva teria tido dois filhos-netos com a própria filha

Wilson Lima, iG Maranhão

O lavrador Raimundo Vicente Barbosa da Silva, de 50 anos, foi preso no final da tarde desta terça-feira, na cidade de Pirapemas, a 133 quilômetros de São Luís, acusado de abusar sexualmente da própria filha. Com ela, ele teria duas filhas-netas. Ainda segundo a polícia, o lavrador manteve a filha em cárcere privado durante 12 anos.

Eles moravam em um povoado chamado Vassoura de Botão, na zona rural de Pirapemas. Os abusos sexuais começaram quando a filha tinha 14 anos de idade.

Pelos depoimentos da filha de Raimundo Vicente, a relação incestuosa resultou em dois filhos: um de cinco anos e outro de apenas dois meses de idade. Ainda segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, Raimundo Vicente confirmou os abusos sexuais contra a própria filha.

A prisão de Raimundo Vicente Barbosa ocorreu duas semanas após o assassinato do também lavrador José Agostinho Bispo, na cidade de Pinheiro, baixada maranhense.

Bispo foi condenado a 63 anos de prisão por crimes de abuso sexual contra suas duas filhas. Ele teve oito filhos-netos com ambas. Com uma das filhas, o lavrador teve sete filhos. Agostinho foi morto após uma rebelião na delegacia de Pinheiro.

Justiça decreta prisão preventiva de pai que matou o filho de quatro meses

O armador de ferragens Ivan Aragão da Silva, denunciado pelo assassinato do filho de apenas quatro meses, deverá continuar preso até o julgamento da ação penal ajuizada pelo Ministério Público estadual contra ele. Preso em flagrante no último dia 19 de janeiro, após agredir fisicamente a esposa Rosana Gomes da Silva e o filho Ivan Araújo da Silva Filho, que acabou falecendo, o denunciado apresentou pedido de liberdade provisória ao Juízo da Comarca de São Sebastião do Passé, que acolheu parecer apresentado pela promotora de Justiça Lilian Santos Veloso, indeferindo o pedido e decretando a prisão preventiva de Ivan da Silva.

No parecer, a promotora de Justiça destacou que “é forçoso reconhecer a necessidade da decretação da prisão preventiva do custodiado para garantir a ordem pública”. Ele, lembrou Lilian Veloso, agrediu a companheira e matou o próprio filho, o que demonstra “insensibilidade moral incompatível com a possibilidade de convívio social”. Se ele foi capaz de assassinar o filho por motivo fútil, pode, a qualquer momento, em razão de pequenas contrariedades, matar uma outra pessoa, concluiu a representante do MP.

Na denúncia apresentada à Justiça no último dia 2 de fevereiro, Lilian Veloso relatou que, segundo a peça investigatória do processo, Ivan Aragão iniciou uma discussão com a esposa após ingerir bebida alcoólica. Ao vê-la sentar-se no sofá com o filho no colo, o armador de ferragens desferiu um soco no rosto e tapa nos lábios dela, diz o documento, acrescentando que, naquele momento, o bebê começou a chorar, o que fez com que o pai lhe desse três tapas nas pernas e o retirasse do colo da mãe, colocando-o embaixo do chuveiro frio. O bebê foi agredido fisicamente pelo pai, chegando ao hospital machucado, com hematomas no corpo, rosto inchado e pele roxa, informa a denúncia, acrescentando que, no dia 20 de janeiro, Ivan Araújo da Silva Filho faleceu, “sendo a causa da morte hemorragia intracraniana decorrente de traumatismo crânio-encefálico provocado pelas agressões”.

Fonte: primeirojornal