quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A incompreensão de Roseana Sarney e o “equilibrismo” de Gastão Viera fizeram o MA perder o FNDE

Via blog O Quarto Poder
No jogo da política todo mundo sabia que Gastão Vieira era um “cadáver adiado”. Nenhuma lógica poderia sustentar no cobiçado posto de presidente do FNDE alguém nomeado pela presidente Dilma. Não estão em jogo as qualidades pessoais ou a habilidade pessoal de Gastão como gestor. O que vale é quem ou que forças políticas Gastão estava representando no cargo, e nesse particular restava evidente que a presença do ex-ministro à frente do FNDE era dissonante com a nova engenharia de cargos na Esplanada.
Ainda assim Gastão foi ficando, graças à sua proximidade com o grupo Sarney, até que na ânsia de faturar politicamente o cargo iniciou movimentos claros em direção ao governo Flávio Dino. E fez mais, desdenhando dos três senadores do Maranhão que, segundo ele, não estavam ajudando o Estado como deveriam.
Nesse momento ele só não caiu porque justamente os senadores resolveram se unir para tentar ao menos salvar o cargo para a cota do Maranhão. Isso deu a última sobrevida a Gastão, que ainda tentou se agarrar nos últimos pedaços do naufrágio de sua inevitável saída.
Os senadores levaram ao presidente Temer o nome de Pedro Maranhão, com vistoso currículo de gestor público e trânsito fácil nos corredores de Brasília. Porém, havia um problema incontornável: a ex-governadora Roseana não aceitava a indicação de Pedro, por este ter sido chefe da Casa Civil no governo José Reinaldo.
Impasse criado, dele se aproveitou o DEM da Bahia que vinha pleiteando o cobiçado cargo desde que o partido indicou o ministro da Educação. O resultado está aí. Gastão pode espernear e falar em republicanismo, mas ele não foi derrubado pela vontade de seus adversários. Ele a caiu porque o poder não consente movimentos dúbios e o seu equilibrismo entre Dilma e Temer ou entre Dino e Sarney acabou selando sua sorte.
E pela incompreensão de Roseana Sarney de não superar uma questão de assunto estratégico do presente.
Deu no que deu.

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