sexta-feira, 8 de setembro de 2017

(PT) uma "seita fundamentalista" que perdeu a noção do ridículo

A SEITA
Quando Leonel de Moura Brizola retornou do exílio em 1979, timidamente, lá por São Borja, Rio Grande do Sul, ainda não tinha ideia do que enfrentaria para restabelecer-se na política. Forjado nas lutas que levaram ao golpe militar e lhe causaram o exílio de 15 anos, o país tinha se transformado e, ele próprio, era visto à direita e à esquerda como o “patinho feio” da história.

Nas lidas estudantis percebia-se nitidamente a ojeriza que o seu nome causava, ainda mais no longínquo Maranhão, terra do atraso e de longeva dominância de grupos políticos apegados ao fisiologismo.


Dominava o cenário progressista nacional o MDB, que se transformaria em PMDB, e o PT, uma frente de várias origens políticas com predomínio dos sindicalistas e das comunidades eclesiais de base, a igreja popular.

Brizola era visto mais como um político convencional vindo do exílio e rejeitado por uma boa parcela impregnada de preconceitos vários que a ditadura e as várias esquerdas e direitas souberam lhe dedicar.

Perdeu a sigla PTB, partido com que sonhava recomeçar as lutas trabalhistas do passado misturadas às ideias do socialismo democrático, numa manobra judiciária promovida pelos influentes da época. Criou o PDT e elegeu-se governador do Rio de Janeiro em 1982 apesar de toda a fraude. O PMDB elegeu vários, dentre eles, Franco Montoro e Tancredo Neves. Foram os três governadores líderes da época, verdadeiros gigantes da política.

Brizola tentou a presidência em 1989 e ficou em terceiro lugar, perdendo a oportunidade de disputar a eleição com Collor, no segundo turno, para o Lula.

Reelegeu-se governador do Rio de Janeiro em 1990 sem apoio do PT, como sempre, e tentou, já sem força política e eleitoral, a presidência em 1994. Foi um digno representante da esquerda ou centro-esquerda brasileira.

Perdeu espaço para o PT apoiado pelos sindicatos, igrejas populares e boa parte da mídia. Como disse recentemente um intelectual de direita, o mal nosso é que o PT está em toda a parte...

Quando vejo tudo o que aconteceu depois de o PT chegar ao poder em 2003, a desconstrução nacional, os escândalos maiores que nunca, o aparelhamento das instituições, a má gestão e a ideia de se manter no poder a todo custo, penso no velho Briza que, ao igual que Getúlio Vargas e João Goulart, independentemente de se gostar de mais ou de menos de cada um, jamais tiveram a dignidade pessoal atingida.

Lula e os seus desmoralizaram as esquerdas brasileiras que se negam a reconhecer a realidade dos fatos apesar de tudo.

O “sapo barbudo” transformou o PT e os seus em seita...
É a única justificativa para tamanha impostura!

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