segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Frei Narciso Baisini comemora seus 80 anos de vida


Na ocasião aconteceu o lançamento do livro de sua biografia: “Uma história de amor e fé”

Uma missa em ação de graças mais que especial foi realizada no último dia 12 deste mês, quando foi comemorado por toda comunidade católica de Açailândia os 80 anos de vida do Frei Narciso Baisini. A festa em celebração a oitava década de vida do Frei aconteceu na Igreja São Francisco de Assis, e o templo ficou pequeno diante da quantidade de fiéis que foram participar desta comemoração, e agradecer a Deus pela vida de Baisini.

A missa contou com as palavras de sabedoria do Frei, que mais uma vez lembrou que a volta de Cristo está próxima. Houve também louvores entoados pela orquestra da igreja, o momento da ceia e comunhão, homenagens diversas, especialmente de membros do Lar Frei Daniel, e é claro, o famoso bolo de aniversário.

Após a missa em ação de graça, aconteceu ainda o lançamento da Biografia de Freio Narciso, o livro que vai contar toda a trajetória deste religioso que adotou Açailândia como seu lar, e que durante muitos anos têm dedicado sua vida em favor dos abandonados e excluídos pela sociedade e pelas famílias.

O livro intitulado “Uma história de amor e fé”, conta ainda a vinda do Baisini para o Brasil e todas as obras que fez durante seu período missionário. A obra foi produzida pelo escritor José Eustáquio.

“Aprendi a fazer de tudo um pouco, mas o que mesmo sei fazer com amor e dedicação: é ser sacerdote religioso e religioso capuchinho, ontem, hoje e sempre! Meu lema a impulsionar minha vida: ‘Se eu não for história, prefiro sair da história!’”, afirma Frei Narciso.

História

Narciso Baisini nasceu aos 11 de novembro de 1937, em Borno (Brescia-Itália), iniciou seus estudos bem cedo, sendo vocacionado e direcionado para Seminários, posteriormente, para conventos e para o curso de Teologia, em Milão. Após a conclusão do curso, em abril de 1965, veio para o Brasil, dando adeus aos familiares e amigos, para se tornar cidadão brasileiro em todos os sentidos: de alma e coração, desembarcando no aeroporto de Recife, estado do Pernambuco.

No dia 22 de outubro de 1965 desembarcava pela manhã em São Luís – MA, acolhidos pelos coirmãos capuchinhos. Estava em sua nova casa, no Convento do Carmo, sua nova família franciscana capuchinha, da Praça João Lisboa.

Ele veio então para Açailândia no dia 02 de fevereiro de 1986 e é respeitado por desenvolver um trabalho social de suma importância no município. Ele fundou o Abrigo dos Idosos, que acolhe diversos anciãos que já se encontram em idade avançada e em condições de risco social.

Frei Narciso Baisini recebeu a reportagem do Jornal do Maranhão em seu aconchego no dia em que completou mais um aniversário, e entre outros assuntos falou sobre a importância do apoio ao abrigo por parte da população.

“Eu agradeço muito o carinho e o respeito por parte de todos, agradeço a Deus por ter me ajudado até aqui nesta caminhada. Gostaria de aproveitar a oportunidade para pedir a ajuda da população no sentido de contribuir para mantermos este trabalho de acolhimento dos idosos. Temos muitas dificuldades aqui, por exemplo, é preciso manter o pagamento dos funcionários e o 13º com a chegada do fim do ano. Convido as pessoas a vim conhecer nosso abrigo, têm várias iniciativas como a adoção de um idoso, onde todo mês a pessoa contribui com uma taxa e todo o recurso é depositado diretamente em uma conta bancária par ajudar a manter o local”, frisou o Frei.
Itinerário Missionário e novas experiências

São Luís: (1956 a 1966) – Convento do Carmo, estágio para se aclimatar e aprender a língua e providenciar a documentação pessoal.

Lembranças: muito calor, dormir na rede, arroz e feijão, adeus macarronadas, ravióli, polenta, presuntos, salames e queijos gostosos da cozinha italiana!

Esperantinópolis: (1966 a 1970) – conhecendo o trabalho da “Desobriga” no lombo de um burro de povoado a povoado. Contraiu malária, e passou três meses em tratamento com Frei Alberto Beretta em Grajaú. Ainda assim, guarda belas lembranças: anos de sonhos do ideal missionário.

Tumtun: (1970 a 1971) Esteve apenas de passagem, aguardando nova destinação, após a entrega da Paróquia de Esperantinópolis ao Bispo de Bacabal, a convite de Frei Liberato Giúdici e Frei Dionísio Guerra, pra organizar a pastoral da Juventude, lá realizando a construção do Salão Paroquial e o estádio de futebol.

Porto Franco: (1972 a 1983) Passou 12 longos anos de várias iniciativas pastorais com uma das primeiras tentativas de um Plano de Pastoral Orgânica, criação de movimentos pastorais (Grupo de Jovens, Legião de Maria, Apostolado da Oração, OFS-Ordem Franciscana Secular, Clube de Mães e etc.) e obras significativas: Igreja Matriz, Casa Paroquial (a primeira de andar), Centro Pastoral, Praça da Matriz, três novas Capelas e duas reformas, significativo trabalho vocacional com 12 seminaristas, dos quais oito se tornaram Sacerdotes, quatro Capuchinhos e quatro Diocesanos. Em reconhecimento de todo esse denodado trabalho, lhe foi outorgado o Título Honorífico de Cidadão Portofranquinho em 20.01.1980. A retrospectiva de todos esses anos está gravada no Livro de Ata e no Livro “50 anos aos pés da Imaculada – Jubileu de Ouro da Paróquia da imaculada Conceição”, de Waldemar Gomes Pereira.

Imperatriz: (1983 a 1986) Neste breve espaço de tempo, quase que de passagem, realizou obras significativas: a Policlínica São Francisco, para atender as famílias pobres; a bonita Capela Mortuária Cemitério, para guardar os corpos e a memória dos coirmãos capuchinhos lá falecidos, para o trabalho pioneiro do culto dos finados e a reforma do Presbitério, o Salão paroquial, um pequeno Centro Pastoral e Lojas de aluguel, que proporciona renda para pastoral paroquial.

Açailândia: De 02.02.1986 até a atualidade, Frei Narciso Baisini está em Açailândia, constituindo a nova Fraternidade Capuchinha, com Frei Jesualdo Lázzari, superior; Frei Narciso Baisini, vigário; Frei Luís Carlos Morais e Frei Fausto Marinetti, vigários cooperadores. Segundo ele, do que encontrou quando chegou ao município não ficou pedra sobre pedra: “aqui encontramos uma casa de dois quartinhos, sem janelas, luz solar, sem ventilação, total desconforto; uma Igreja colonial, um velho galpão de madeira, um salão em ruínas e umas salinhas decadentes para catequese e muito entulho e mato. Hoje a igreja está construída e é confortável para comportar os fieis e louvar a Deus”, declarou.

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