terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Pesquisa aponta que Nordeste é a região que mais sofre com sensibilidade nos dentes

Recife, no entanto, é a capital que menos considera o problema como extremamente desconfortável

Uma pesquisa nacional encomendada pela marca Sensodyne ao Ibope Inteligência revelou que as populações das regiões Nordeste, Norte/Centro Oeste são as mais marcadas por sensibilidade nos dentes, estatisticamente empatadas com 34% e 36%, respectivamente; seguidas pelas regiões Sudeste, 31% e Sul, 29%. O estudo também revelou que, levando em conta o critério econômico do país, 33% da classe C relata algum problema de sensibilidade nos dentes, contra 32% das classes AB e 29% das classes DE. [1]Outro estudo encomendado pela marca, dessa vez ao Kantar, mostra que entre as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife, a capital pernambucana é a que menos considera sensibilidade nos dentes um sintoma extremamente desconfortável.[2]

Pensando nisso, Sensodyne levantou 10 dúvidas importantes sobre o problema e convidou a Dra. Thais Azevedo (CRO nº 351314/RJ), especialista no assunto, para respondê-las.

1. O que é sensibilidade nos dentes?

Dra Thais Azevedo - A hipersensibilidade é uma resposta dolorosa, de intensidade variável, a um estímulo que seria incapaz de causar esse sintoma em situação de normalidade. Ela é causada por três principais fatores: escovação excessiva ou agressiva, problemas gengivais e ingestão frequente de alimentos e bebidas ácidas. Em casos mais graves, a dor da hipersensibilidade pode se tornar contínua e acarretar em necrose pulpar, isto é, "morte" do dente.

2. Quais os principais equívocos na hora dos cuidados com a saúde oral que podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento da sensibilidade dentária?

Dra Thais Azevedo - Os principais equívocos consistem em usar escova com cerdas duras, escovar os dentes empregando muita força e utilizar creme dental abrasivo. A gengiva "obedece" às pressões que incidem sobre ela, por isso quem escova com força ou com cerdas muito firmes, fatalmente em algum momento terá sua gengiva retraída, além de correr risco de desgastar o esmalte dental. É importante salientar que a pressão adequada sobre os dentes deve ser a mesma de quando tentamos higienizar segurando a escova com apenas 3 dedos. A escovação precisa ser suave não só por causa da gengiva, mas também porque as cerdas limpam de forma eficaz quando vão de encontro ao dente na posição reta.

3. O que levar em consideração na hora de escolher o produto mais adequado para combater a sensibilidade nos dentes?

Dra Thais Azevedo - Escolha um creme dental pouco abrasivo, que contenha flúor (geralmente encontrado no formato fluoreto de sódio) e tenha ingredientes ativos adicionais dessensibilizantes, como o nitrato de potássio. Recentemente a marca Sensodyne lançou o Sensodyne Limpeza Profunda, por exemplo. Trata-se de um creme dental de uso diário que atua ajudando a acalmar os nervos na parte interna do dente, e promovendo proteção duradoura, ele conta com maior espumação e refrescância também.

4. Como escovar os dentes corretamente e com que frequência?

Dra Thais Azevedo - O ideal é escovar os dentes três vezes ao dia, sendo a última escovação do dia a mais importante. Ela deve ser demorada, durando de 3 a 5 minutos e não se deve ingerir mais nada após executada, exceto água.

5. Há alguma relação entre dentes sensíveis e cáries?

Dra Thais Azevedo - Apesar da hipersensibilidade não causar cárie, a exposição de regiões do dente que não possuem a proteção do esmalte deixa o dente mais vulnerável a desenvolver cárie, como por exemplo nas retrações gengivais. De fato, a maioria dos dentes sensíveis tem seus túbulos dentinários expostos e abertos. Como a superfície repleta desses túbulos é mais porosa, há mais retenção de bactérias, além disso, este é um substrato menos mineralizado, o que faz com que os micro-organismos da cárie destruam sua estrutura mais rapidamente do que se houvesse esmalte íntegro.

6. Por que ter dentes bonitos não necessariamente impede o desenvolvimento de sensibilidade nos dentes?

Dra Thais Azevedo - Beleza não é sinônimo de saúde. E não é diferente quando se trata de saúde bucal! É possível ter dentes bonitos apesar de ter uma gengiva doente, por exemplo. Assim como é possível exibir um sorriso deslumbrante e ser bulímico, visto que a destruição dentária que ocorre nesta enfermidade se dá por trás do dente, pois o ácido estomacal se limita a destruir o esmalte somente no trajeto por ele percorrido.

7. A sensibilidade nos dentes pode estar relacionada a outros problemas de saúde oral?

Dra Thais Azevedo - Podemos relacionar a sensibilidade a problemas que causam acidez excessiva na boca, como o refluxo e a bulimia. Em ambos os casos, quando persistentes, é notável a perda do esmalte em regiões específicas dos dentes. Há, ainda, como exemplos de problemas bucais relacionados à hipersensibilidade, próteses removíveis mal adaptadas, restaurações quebradas e trincas nos dentes. Deve-se ressaltar também a abfração, patologia que provoca uma perda localizada de esmalte, geralmente provocada por bruxismo, apertamento, perda dentária ou qualquer outro fator desencadeador de sobrecarga oclusal.

8. Crianças também podem desenvolver sensibilidade? A partir de que idade? Como identificar esse problema nos pequenos?

Dra Thais Azevedo - Quando crianças relatam sensibilidade alterada nos dentes, deve-se desconfiar de cárie, restaurações quebradas ou trincas em esmalte. Seja como for, em menores de 12 anos é proibitivo o uso de creme dental para dentes sensíveis e é primordial levá-la a um cirurgião-dentista, de preferência um odontopediatra para diagnosticar e tratar o problema.

9. Há dicas de hábitos diários que devem ser adotados para se combater a sensibilidade dentária?

Dra Thais Azevedo - É essencial lançar mão de instrumentos adequados para higienização, além disso, é importante que se evite escovar os dentes imediatamente após o consumo de alimentos ácidos, como laranja, refrigerante e café. Caso esteja com pressa, basta um bochecho com água para que o pH na boca não esteja tão ácido no momento da escovação. Isso porque todos os cremes e escovas dentais precisam ser pelo menos um pouco abrasivos para promover higienização adequada. Ao se adquirir o hábito de usar estes produtos num ambiente bucal ácido, fatalmente será desencadeado um processo de desgaste do esmalte a longo prazo.

10. Qual é na verdade o papel do creme dental no tratamento da sensibilidade?

Dra Thais Azevedo - O creme dental é a parte essencial para o controle da hipersensibilidade, por ser um tratamento simples, pode ser executado pelo próprio paciente e esse é o primeiro passo.

Sobre GSK

Uma das indústrias farmacêuticas líderes globais, a GSK está empenhada em melhorar a qualidade da vida humana permitindo que pessoas façam mais, vivam mais e sintam-se melhores. Saiba mais em www.gsk.com.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SEJA BEM VINDO, PARTICIPEM E COMENTE A VONTADE