segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

“Moro ganha cada vez que uma proposta sua é derrotada”


Joaquim Falcão, da FGV, disse em O Globo que a candidatura de Sergio Moro em 2022 é um fato que independe dele:

“Qualquer um que falar, se aproximar, ou se referir ao ministro Sergio Moro já sabe. Está claro. Queira ou não, estará falando com um possível, não necessariamente provável, candidato a presidente da República. Esta candidatura não depende dele. Nem de você. Ela, simplesmente, é. Tem a virtude da existência e por convite de Bolsonaro para ser ministro. Ao aceitar, ficou candidato.

Ele não é mais ele. O que existe não é seu presente. É apenas o possível futuro de seu próprio passado. Quem ameaçaria os demais candidatos seria, então, um Moro imaginado. E seus adversários já o combatem (…).

A oposição a Moro, seja na mídia ou na política, tem a mesma cantilena: ‘Ah! Mas o Marco Aurélio votou contra ele’. ‘Ah! Mas ele foi derrotado pelo Congresso na votação do juiz de garantias’. ‘Ah! Mas o presidente o humilhou na solenidade X, pois não olhou para ele’.

Moro ganha cada vez que uma proposta sua — uma decisão, nomeação de um colega que signifique combate à corrupção e à violência — é derrotada pelo Congresso, Supremo ou Presidência. Quem ganha eleitoralmente é ele. Às vezes, perder é ganhar.

Não destroem. Ao contrário. Reforçam a imagem de um Moro contra a corrupção, contra políticos denunciados, contra processos que não andam, contra ministros do Supremo instrumentais. Contra transparências ocultas.”

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